reformulado, outra vez

com o toque do Sérgio.

o que se lê e o que se passa por aqui

Ilustração de John Tenniel.

«Quem me dera não ter chorado tanto!», disse, enquanto nadava de um lado para o outro, tentando descobrir uma saída. «Vou ser castigada por isso, acho eu, morrendo afogada nas minhas próprias lágrimas! Vai ser uma coisa bem estranha, com certeza! Mas hoje tudo está tão estranho!»

Alice no país das marvilhas, de Lewis Carroll

amanhã, uma hora às escuras

"Este sábado, dia 28 de, Março, podes votar a favor do Planeta, basta desligares as luzes por uma hora, a partir das 20H30!"

Earthhour, em português.

de cara lavada

by ritabastos

memória

"O avô dizia-me, tinha eu 8 anos: Não comas três figos se dois te bastam nem digas 10 palavras se com 5 podes dizer o mesmo e levar o outro a ler (a continuar) o que tu escreveste. Por isso Paul Éluard dizia que A poesia é feita por todos."

Casimiro de Brito, aqui.

anteontem, início da primavera; ontem, dia mundial da árvore

Carla Pott, aqui.

ontem, no dia mundial da poesia

Só ouvi este na rádio:

Manuel António Pina – Esplanada

Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,

agora lês saramagos & coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.

O café agora é um banco, tu professora do liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.

de Poesia Reunida, Assírio & Alvim

Mais aqui, aqui e aqui.

hoje, dia mundial da poesia

E no quadro sensível do poema vejo para onde vou, reconheço o meu caminho, o meu reino, a minha vida.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Arte Poética, In Geografia

Daqui.

estórias

Folgo em saber que se encontra bem, Senhor R. Uma vida tão intensa, que dava um livro, um filme, uma peça de teatro ou outras coisas mais, só podia dar nisto: uns olhos pequenos, mas bem abertos e uns óculos tipo personagem de banda desenhada. Mais letras, muitas letras; e música, muita música.
Não há coerência naquilo que escrevo, porque é assim mesmo que o ouço: um novelo de lugares e pessoas.

Sentados, à volta da mesa, escutamos com emoção.

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Foi no restaurante artemisia que chegou ao fim o atelier de escrita., com a conclusão de que o rigor nunca é em excesso.

Deambulações

Noite-Parte V - Bernardo Sassetti

Soturna, mas inspiradora.

Hoje ouvi música e descobri como se podem colocar músicas aqui. Descobri também este blog, com "novos sons para outros ouvidos".

Um pedaço de tempo no divã

Por breves instantes aconteceu, deite-me e deixei que os monstrinhos e os macaquinhos andassem à vontade no sótão. É deprimente quando nos abrimos assim em frente a alguém que não conhecemos, e acaso não confiamos. Mas acontece por vezes, e aconteceu.
Diz aquelas verdades todas e nem olha para mim. Eu reviro-me e penso nos fantasmas todos que surgem ao romper de cada sinapse. Conto-lhe tudo, mas só ouve metade. O que lhe interessa, dirá.
Qual detective de almas, se dá um passo em falso, juro que tapo os ouvidos e não a ouço.

Campanha Poesia à Mesa

Gosto de letras e da junção de algumas palavras e do que isso significa para mim.
Gosto de textos longos, de poemas sem sentido e sonetos bem construídos (embora não os saiba fazer).

A propósito, vem ai a Campanha Poesia à Mesa 2009, de 16 a 24 de Março, em São João da Madeira.

Ainda em obras

Ainda não consegui deixar o blog funcional, por não ter, sobretudo, paciência para pesquisar templates e códigos HTML. Queria apenas fazer disto uma espécie de catálogo de pensamentos e lugares preferidos. E são tantos. Gosto de "vasculhar" e conhcecer mundos novos neste "outro mundo", mas não me consigo dedicar muito a isto num registo linear ou regular. Julgo também não ser necessário.

(Continua undefined undefined antes de cada mensagem e Concluído, mas com erros na página, no canto inferior esquerdo. Que bichos estranhos andam aqui!?)

Pop : : Curta-Metragem

Pop, um filme de Sérgio Barbosa.

Nos anos 20, uma mulher é interrogada pela polícia, que investiga a morte do seu marido, um pintor boémio, de seu nome Vincent James.

...

A versão aqui apresentada é legendada em inglês, a versão exclusivamente em português encontra-se aqui.

Tudo isto a propósito do consurso "I love movies", mas também pela paixão que ele tem pelo cinema e pela ambição de um dia realizar uma (ou muitas) longas-metragens.

Em relação ao concurso, os resultados serão conhecidos no dia 5 de Abril de 2009.

Mais sobre ele aqui e aqui.

Entretanto, aceitam-se críticas. Ele agradece.

O estado deste (meu) mundo

Gostava de poder escrever muito sobre os últimos dias, mas já nada sai. Só morte e coisas mórbidas e nada mais parece habitar no meu pensamento. O senhor escritor chamou saudosismo ao facto de eu preferir escrever no pretérito perfeito. Escrevo sempre depois de as acções estarem reflectidas, disse ele. Talvez seja, mas dá-me jeito e eu gosto. Por exemplo, agora mesmo não me soa bem escrever na primeira pessoa e no presente, sem pensar muito no que escrevo.
Sobre os últimos dias, era isso. É a vida, dizem alguns. Ou a morte. Há que cuidar dos que cá ficam, dizem outros. Conversa da treta, pá. Hoje está tudo na mesma, os objectos não se moveram nem um milímetro, a cadeira dele continua lá, mesmo sem ele, amanheceu mais ou menos à mesma hora. A vida continua, dizem outros.

Gosto desta, embora fizesse mais sentido juntar a Penélope e o Almodóvar.

Mais aqui.